sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Chuva de Outubro.

Com a chuva veio um clarão, depois um trovão. Chuva na horizontal, acompanhada pelo vento brutal. Água doce, fresca, pura. Limpa-me o terraço e o quintal. Rega-me a horta, lava as latrinas, alaga as ruas e traz lembranças tuas.
Descasco uma romã. Bago a bago, penso na tua boca e na minha vontade louca. Encho uma tigela, olho para a janela aguarela. Recordo o teu afago, nas minhas mãos, destas que trago sempre no corpo.
Espero a noite. Alimento o dia. Respiro a terra molhada e oiço o gato que mia. Olho para a minha casa vazia, quente, seca, onde outrora o Sol batia.
Saio. Quero sentir a humidade, já sento a saudade.

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