sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Quedas.

Estou aqui. Com calma beija-me a boca que se alimentou do pomar sem matar. Quando quiseres. Aqui estás segura, mira esta armadura. Mesmo nu, eu luto. Incho o corpo, farei frente, entre os dentes.
Tenho ansiedade, tenho tanta ansiedade… ansiedade. Pronto. Pronto a enfrentar, agora sou. Isto é um gigante meu. Não temas. Podes descansar. Por aqui podes andar, ninguém te vai julgar, respeitam o meu amar; bandos de aves valentes, atravessam o mundo para a tua beleza apreciar e usam o seu canto para te embalar, na emotiva fraqueza queres saltar. Pois bem, cá em baixo estou eu, imóvel, pronto, forte, para te agarrar, não te obrigo a ficar.
Eu sinto o teu aproximar, faço vento vertical. Para eu ser a certeza faço um vendaval para te ver levitar, pairar. Cair devagar, estou erguido num colchão de penas pronto a te beijar, aqui em baixo o teu salto, aprendes agora o que é o teu alto.