quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Encontros com a Lua.

Claridade, tanta claridade a noite passada,
A cidade adormecida estava toda iluminada.
Luz azulada, vinda da lua e do céu negro,
Nuvens vizinhas, nuvens carregadas.
Redonda, lá em cima recortada.
Parece o rosto de alguém no esforço do canto
Que deseja ver a sua alma amada, um encanto.
Ou o rosto de admiração por estar a ver quem ama;
Por isso cantava a canção e não me deixava ir para a cama.
Julgo que canta para o Sol, estrela solitária
Canta para mostrar que está solidária
Vi uma mulher na janela, estava a contemplá-la
Ouviu o seu canto, sorria, murmurava: “Como é bela”.
Sentei-me ao seu lado, não se moveu, não perdeu a graça.
Disse: “ Fica mais bonita quando o sol a abraça”
Ficámos a ouvir o seu canto até que o sono, por fim, venceu.

Sem comentários:

Enviar um comentário